quinta-feira, 25 de julho de 2013

Inezita Barroso

Inezita Barroso, cantora e pesquisadora defensora da genuína música sertaneja é sem dúvida, Patrimônio Nacional, uma lenda viva em plena atividade. Dona de portentosos dotes vocais — um timbre grave e forte ainda viçoso aos 76 anos —, ela atua também como divulgadora da música regional, dos temas folclóricos e de composições entre o erudito e o popular, há praticamente 50 anos na ativa. Foi ainda menina que despertou para a música. Aos sete anos, pediu aos caipiras que viviam nas fazendas de sua família que lhe ensinassem a tocar viola — o primeiro dos vários instrumentos que dominaria. Mais tarde, Inezita fez o curso de biblioteconomia na USP e leu tudo o que pôde sobre cultura brasileira. Em 1953, já casada com um homem que felizmente a incentivaria a seguir a profissão de cantora — algo malvisto pela sociedade na época —, estourou com A Moda da Pinga.
Empunhando sua viola (ou seu violão) e sempre com porte de rainha, Inezita gravou dezenas de discos, vendeu muito e jamais se curvou às concessões da indústria do disco. Mantém-se fiel ao estilo que criou há meio século. Como se não bastasse, atuou em sete filmes e foi também uma das pioneiras cantoras a ter um programa de TV, atividade que mantém até hoje. Há 20 anos, ela apresenta o programa de música caipira Viola, Minha Viola que vai ao ar aos sábados, às 22h, e domingo, às 9h, na tela da TV Cultura.
Uma curiosidade da carreira desta cantora, pesquisadora é que ela foi a primeira intérprete da famosa canção RONDA, do Paulo Vanzoline.

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